Bovinocultura de Corte
A bovinocultura de corte trata de uma atividade que está
dividida em duas linhas, podendo ser executadas juntas ou não. Uma é a criação
de gado comercial e a outra de gado elite, sendo que a primeira tem como o
principal objetivo a produção de carne bovina de qualidade para a alimentação
humana, além de fornecer matéria-prima para a indústria farmacêutica, de
cosmético, de calçado, de roupas, de rações, entre outras. Já a criação de gado
elite tem como foco central à produção de matrizes e reprodutores para a
criação de gado comercial e elite (MARION, 2004, p. 21).
A atividade cria-recria cai acentuadamente à medida que
aumenta o tamanho da empresa, notadamente a cria. Por outro lado, a atividade
cria-recria-engorda (sistema integrado), principalmente a de engorda cresce à
medida que aumenta o tamanho da empresa. (MARION, 2004, p. 22)
Bovinocultura de Leite
A bovinocultura leiteira trata-se de uma exploração
agropecuária com ênfase na produção de leite e seus derivados, porém explora a
parte reprodutiva com animais para reposição ou comercialização de gado de
elite em plantéis da raça. (BANET, 2005).
Sistema Extensivo
Sistema extensivo de pastagem caracteriza-se pela extração
natural do gado de corte ou leite do pasto sem que haja muita mão de obra envolvida,
um método mais sustentável pelo fato de não explorar tanto da natureza, além de
ser mais viável economicamente pelo fato de haver apenas consumo do pasto
fornecido pelo produtor (OLIVEIRA, 2008).
Segundo Takahashi et al. (2010) é um método energético
muito bom, porém em áreas pantaneiras, onde possui alto índice de água nesse
local, fazendo com que esse sistema se torne muito eficaz. Um ponto negativo é
a baixa produção em relação aos outros métodos (semi- intensivo e intensivo),
que eleva bruscamente a produção de carne ou de leite do bovino (OLIVEIRA,
2008).
Sistema Semi-Intensivo
O sistema de produção semi-intensivo consiste em fornecimento de ração concentrada
para o gado em produção a pasto, durante o período de seca. Esse sistema visa
aumentar o ganho de peso no período em que as pastagens começam a perder a
qualidade nutricional e consequentemente há a perda de peso dos animais (SILVA,
2008).
O sistema semi intensivo proporciona uma melhor
distribuição da produção de carne e leite, quando comparados ao sistema de
produção somente com pastagem. O fornecimento de uma ração concentrada como
forma de suplementação alimentar em períodos secos (críticos em produção de
forragem), favorece o rebanho a manter o ritmo de produção, minimizando assim os
efeitos da sazonalidade de disponibilidade de pastagem de boa qualidade
(GUIMARÃES, 2005).
Dentre as vantagens dessa modalidade de produção cita-se:
* Aumento da taxa de ganho de peso, e redução do tempo de
produção;
* Aumento da capacidade de suporte das pastagens
* Melhoria da qualidade da carcaça, quando em pastagem de
baixa qualidade;
* Fácil ajuste de suplementação, quando da flutuação na
disponibilidade de pastagem por fatores climáticos, dentre outros.
Guimarães (2005), ressalta que esse sistema é tido como
vantajoso uma vez que requer pouco investimento, consistindo basicamente na
aquisição de cochos e concentrados que são fornecidos na proporção de 1% do
peso vivo dos animais na própria pastagem. Porém Silva (2008), diz que para o
sucesso do semiconfinamento é necessário o conhecimento das exigências
nutricionais dos animais e da disponibilidade de forragem.
Deve se ter definido alguns pontos como: peso médio dos
lotes, formar lotes homogêneos, avaliar as condições da pastagem, estimar o
número de dias que os animais permanecerão semiconfinados, e caso opte pelo
sistema, deve fornecer via concentrado apenas os nutrientes que a pastagem não
consegue suprir em função da baixa qualidade ou baixa disponibilidade. Munido
dessas informações o produtor terá condições de avaliar a viabilidade econômica
e tomar decisão.
Sistema Intensivo
Em 2008, a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado
Brasileiro aprovou o facilitamento de credito rural a pecuaristas que trocassem
o sistema de criação de gado extensivo pelo intensivo, alegando a redução da
pressão sobre áreas florestais e a maior produtividade (Castanho, 2008).
Alguns pesquisadores também afirmam que a pecuária
intensiva passa a ser mais rentável que a extensiva em larga escala (5 mil
unidades animais)(Barreto e Silva, 2009). Dessa forma a intensicacao da
pecuária bovina com confinamento mostra-se como uma alternativa para aumentar a
produtividade utilizando-se de menor área, o que diminuiria, teoricamente, o
desmatamento. Porem, deve se levar em consideração que uma pecuária intensiva
aumenta a demanda de agua e de suplementos alimentares, baseados em farelo de
soja e milho (Cezar et al.,2005).
Com aumento da população e, consequentemente, com a redução
da área útil com o desejo de obter maior produtividade, aumentando a
rentabilidade, com o desenvolvimento tecnológico e da assistência técnica, se
atinge paulatinamente o sistema intensivo que, entre outras medidas, consiste,
na formação de pastagens artificiais adequadamente adubadas e até irrigadas,
com forrageiras adequadas à região, propiciando a divisão dos pastos para o
estabelecimento de rodízio (permite repouso e recuperação das pastagens).
Melhoria tanto das condições de alimentação (arraçoamento, sal, minerais, entre
outros), associando pasto + suplementação, pasto + confinamento, ou
confinamento, como da ordem higiênico sanitária, o que só foi possível pela
redução da distância entre o curral e o rebanho.
Na introdução de novas raças produtivas, adequadas à
região, em substituição aos gados nativos (MARION, 2004, p. 21). Sistema
intensivo de criação é o mais recomendado para gado de alto padrão racial.
Consiste em criar os animais de elevada produção (acima de 20 litros por dia),
permanentemente confinados no próprio estábulo de ordenha ou em galpões,
dependendo da modalidade de estabulação a ser adotada, com manejo extremamente controlado.
As benfeitorias são quase as mesmas do sistema
semi-intensivo, acrescentados galpões de estabulação livre e reservatórios
(BANET, 2005). A grande vantagem do sistema intensivo de criação consiste na
eficiência do manejo e no consequente aumento da produtividade, pois o alimento
pode ser produzido em áreas menores, armazenado e fornecido durante todo o ano
(NUNES, 2012).
Os animais são separados em instalações próprias, em lotes,
de acordo com a idade e a fase de produção. Assim, bezerras, novilhas, vacas
secas e vacas em produção ficam separadas.
Esse sistema facilita a produção de leite no caso de
grandes rebanhos, permitindo produção estável, sem oscilações de safra e
entressafra. No sistema intensivo de criação, há dois modos de estabulação:
convencional e estabulação livre (NUNES, 2012).
No modo convencional de confinamento, as vacas têm acesso,
na maior parte do tempo às baias individuais, uma ao lado da outra. A contenção
dos animais é feita com canzis de madeira onde tubos metálicos chumbados
diretamente no piso de concreto. A alimentação pode ser dada em cochos situados
ao longo do corredor central. As canaletas de limpeza (pisos de vigotas de
concreto ou piso ripado) ficam nas laterais do galpão, permitindo a higiene e
drenagem rápida da área quando os animais vão para um piquete tomar sol (NUNES,
2012).
A estabulação livre é o modo de confinamento mais moderno
no sistema intensivo de produção. Nele, os animais são alojados em galpões,
onde podem circular pelos corredores para se alimentar, beber água ou descansar
(NUNES, 2012). Em geral, o concentrado e as fontes de minerais são misturados
de forma balanceada ao volumoso, constituindo a ração total, que pode ser
fornecida diretamente sobre o piso. Esse modo de confinamento é recomendado
para rebanhos com mais de cinquenta vacas, porque facilita o manejo. (BANET,
2005).
Referências Bibliográficas
BANET.
2006. Disponível em: www.banet.com.br. Acesso em: 15 set. 2006.
BARRETO,
P. e Silva, D. (2009). Os desa¯os para uma pecuaria mais sustentavel na
amazonia. O Estado da Amazonia, 14.
CASTANHO,
V. (2008). CAE aprova incentivo a pecuaria intensiva e ao sistema organico de
producao. Agencia Senado. url: http://www.senado.gov.br. Acesso em: dd/mm/aaaa.
CEPEA.
2006. Disponível em : www.cepea.esalq.usp.br Acesso em 08 set. 2006.
CEZAR, I.
M., Queiroz, H. P., Thiago, L. R. L. S., Cassales, F. L. G., e Costa, F. P.
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Documentos Embrapa Gado de Corte. Embrapa Gado de Corte, Campo Grande.
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<http://www.ebah.com.br/content/ABAAAgktsAK/sistema-criacao?part=2> .
Acesso em: 22/03/2017.
GUIMARÃES,
Maria Clara de Carvalho et al. Metodologia para análise de projeto de sistemas
intensivos de terminação de bovinos de corte. 96 f. Tese (Mestrado) –
Universidade Federal de Viçosa, Viçosa-MG, 2005
MARION,
José Carlos. Contabilidade da Pecuária. 7 ed. São Paulo: Editora Atlas, 2004.
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N.J.F. et al. A lucratividade na pecuária: atividades de bovinocultura de corte
e de leite. PUBVET, Londrina, V. 6, N. 26, Ed. 213, Art. 1417, 2012.
SILVA,
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TAKAHASHI,
et al.; Sustentabilidade de Sistema Extensivo de produção Pecuária no Pantanal;
novembro de 2010. Disponível em:
<http://www.cpap.embrapa.br/agencia/simpan5/PDF/expandidos/086RE.pdf> .
Acesso em: 22/03/2017.
O blog tem a finalidade de gerar um arquivo digital autoral dos estudantes. O que implica, muitas vezes, em cairmos na tentação de copiar algo pronto da internet para nos livramos da obrigação. Porém o blog também permite ao professor identificar com muito mais rapidez e eficiência casos de PLÁGIO. Esse post é claramente um caso de plágio.
ResponderExcluirRefaçam o post e coloquem um comentário aqui dizendo que está pronto para ser reavaliado.
Prazo para correções: 24/03/17 às 18hs
Boa tarde professor. Agradecemos as observações, o post já foi devidamente corrigido e referenciado. O mesmo já pode ser reavaliado.
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