SISTEMAS DE PRODUÇÃO DE GADO DE LEITE
- SISTEMA
EXTENSIVO
O sistema extensivo de produção de leite é caracterizado
pela alimentação do gado exclusivamente à pasto, sendo sua complementação
apenas por sal comum. A produtividade desse modelo é uma produção média anual de 1200 litros de leite por vaca (Assis et al, 2005).
As vacas são ordenhadas uma vez ao dia, com o bezerro ao
pé. O rebanho, geralmente, é constituído de animais mestiços, com raças
altamente zebuínas. O sistema de aleitamento é o natural (bezerro mamando na
vaca durante toda a lactação), e a desmama ocorre dos 6 aos 8 meses de vida. Os
machos normalmente são vendidos para produtores que fazem a recria ou ficam na
propriedade até a idade de abate. As novilhas e as vacas de descarte são
vendidas para frigoríficos (Assis et al, 2005).
O controle sanitário nessas propriedades geralmente é
precário ou inexistente, assim, o risco de disseminação de doenças contagiosas é elevado.
As instalações são mais simples, tendo-se basicamente um curral. A assistência técnica ocorre eventualmente por técnicos de órgãos públicos ou de empresas vendedoras de insumos agrícolas e não existe planejamento por parte dos produtores (Sarcinelli et al, 2007).
Segundo Assis et al (2005), esse sistema compõe basicamente os produtores de leite que comercializam o produto de informalmente, onde é mais comum nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país, correspondendo a 89,5% das fazendas produtoras de leite do país e contribui com 32,8% da produção de leite nacional.
Fonte: Milkpoint. |
2. SISTEMA SEMI-EXTENSIVO
Nesse sistema, a alimentação dos animais é feito à pasto, com suplementação de volumosos nas épocas de seca. A produtividade média anual é de 1200 a 2000 litros de leite por vaca. O uso de concentrado varia de acordo com o nível de produção do rebanho, sendo mais comuns os concentrados comerciais ou ingredientes simples como milho, caroço de algodão e farelo de trigo. Segundo Assis et al (2005), os suplementos alimentares geralmente são volumosos de baixa qualidade.
Os rebanhos geralmente são mestiços, mas nesse sistema já se tem a adoção de modernas tecnologias nos processos de reprodução, como inseminação artificial e transplante de embriões, no intuito de melhorar a genética e, consequentemente, a produção do rebanho (Sarcinelli et al, 2007).
O controle sanitário é melhor, mas ainda pode ser considerado precário com algum risco de disseminação de doenças. A assistência técnica é eventual por técnicos da extensão oficial, cooperativas e indústrias de laticínios. O sistema é praticado nas regiões Sudeste e algumas áreas da região Sul (Assis et al, 2005).
3. SISTEMA INTENSIVO A PASTO
Caracteriza-se pela alimentação a base de pasto, com gramíneas com alta capacidade de suporte, e suplementação com volumosos diversos durante o período de menor crescimento das forrageiras tropicais. O uso de concentrado, com ingredientes de boa qualidade (milho, farelo de soja, caroço de algodão, etc) varia de acordo com o nível de produção do rebanho: vacas em lactação, vacas secas e novilhas durante o pré parto e bezerros. A produtividade média anual é de 2000 a 4500 litro de leite por vaca (Assis et al, 2005).
O risco de disseminação de enfermidades é menos do que nos sistemas anteriores. As instalações são simples, com investimentos em salas de ordenha e resfriamento de leite. Assistência veterinária permanente e a assitência técnica é contratada, embora alguns recebam assitência de técnicos de cooperativas e indústrias de laticínios. O sistema predomina nas regiões sudeste e sul, em algumas regiões centro oeste e nordeste (Assis et al, 2005) .
Esse sistema é caracterizado pela alimentação exclusivamente à cocho, baseado em alimentos conservados (silagem de milho, feno de alfafa ou gramíneas de maior qualidade) e o uso de concentrados é comum em todas as etapas de desenvolvimento animal. Os rebanhos, são, na maioria das vezes, constituídos de raças puras taurinas, onde a produtividade média anual por vaca é superior a 4500 litros de leite (Assis et al, 2005).
As estruturas são altamente tecnificadas em todos os setores de produção, e a assistência técnica tanto agronômica quanto veterinária é predominantemente contratada. Esse modelo é mais comumente encontrado na região Sul e Sudeste, contribuindo com cerca de 4,6% do total da produção leiteira do país (Assis et al, 2005).
Fonte: Globo Rural. |
4. SISTEMA INTENSIVO EM CONFINAMENTO
Esse sistema é caracterizado pela alimentação exclusivamente à cocho, baseado em alimentos conservados (silagem de milho, feno de alfafa ou gramíneas de maior qualidade) e o uso de concentrados é comum em todas as etapas de desenvolvimento animal. Os rebanhos, são, na maioria das vezes, constituídos de raças puras taurinas, onde a produtividade média anual por vaca é superior a 4500 litros de leite (Assis et al, 2005).As estruturas são altamente tecnificadas em todos os setores de produção, e a assistência técnica tanto agronômica quanto veterinária é predominantemente contratada. Esse modelo é mais comumente encontrado na região Sul e Sudeste, contribuindo com cerca de 4,6% do total da produção leiteira do país (Assis et al, 2005).
Fonte: Alta Genetics |
SISTEMAS DE PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE
1. SISTEMA EXTENSIVO
Caracterizado pela utilização maciça de recurso naturais, chegando em
algumas vezes ocorrer de forma extrativista; a maioria das propriedades rurais
situa-se longe dos centros consumidores; animais mestiços (azebuados); gado a
campo; produtividade e/ou produção relativamente baixa; quase sempre sem
planejamento alimentar, profilático ou sanitário; controles de produção e
reprodutivos inadequados ou inexistentes; instalações inadequadas; pastos
formados de plantas nativas e/ou exóticas, mas com os manejos da pastagem e do
pastejo inapropriados; a utilização de suplementação alimentar quase
inexistente (Rodrigues, 2014).
Fonte: Geografia Temática. |
2. SISTEMA SEMI-INTENSIVO
Caracterizado por propriedades rurais especializadas, ditas empresas
rurais, podem ou não estar próximas a grandes centros; alimentação baseada em
pastos, porém com utilização de suplementos minerais e concentrados; técnicas
de conservação de forragens (silagens) e ou capineiras; quando utilizado o
sistema de confinamento geralmente está vinculado à fase de engorda; controle
zootécnico, profilático e reprodutivo; processos modernos de criação, onde
utiliza-se gerenciamento agropecuário, de biotécnicas de reprodução; de insumos
e maquinarias; emprego de maiores investimentos por unidade de terra em relação
ao sistema extensivo; contabilização do trabalho/há; maior capacitação de
funcionários; as pastagens são exóticas e, algumas vezes, com manejos
apropriados do pastejo e da pastagem e em alguns casos utiliza a integração
lavoura pecuária; a suplementação alimentar concentrada pode ocorrer ao longo
do ano, ou em partes do ano, porém a suplementação mineral ocorre ao longo do
ano; o material genético zebuíno ainda permanece predominante, em especial no
rebanho de matrizes, utilizando técnicas de inseminação artificial e/ou no
mínimo touros puros de origem; pode ocorrer a utilização de animais de origem
europeia nos cruzamentos, principalmente aqueles destinados ao abate; controle
de parasitas e outras enfermidades; as instalações de maneira geral são mais
apropriadas e não se restringem ao curral de manejo (Rodrigues, 2014).
Fonte: Portal do Agronegócio. |
REFERÊNCIAS
ASSIS, Airdem Gonçalves de; et al. Sistemas de produção de leite no Brasil. Cartilha Técnica Embrapa: Juiz de Fora - MG, 2005. Disponível em <https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br> Acesso em: 20/03/2016.
SARCINELLI, Miryelle Freire; VENTURINI, Katiani Silva; SILVA, Luís César da. Produção de Bovinos Tipo Leite. Boletim Técnico UFES, 2007. Disponível em <http://www.agais.com> Acesso em: 20/03/2017.
RODRIGUES, Silvano. Sistemas de Criação. Cartilha Técnica UFRA, 2014. Disponível em <http://www.ebah.com.br> Acesso em 24/03/2017.
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