sexta-feira, 31 de março de 2017

Produção de fotos


  Gisele Cow - A mais nova modelo contratada pela agência Ruminaloka para brilhar no pasto!

Olhar da SEDUZÊNCIA !


 Boi, Boi, Boi,
Boi da cara preta...

O que há velhinho?

Olhando pro nada, pensando em tudo !


Como nem tudo é brincadeira, aproveitamos o trabalho para chamar a atenção para um fato lamentável que aconteceu no Instituto. Durante a visita ao setor de bovinocultura, nos deparamos com esta bezerra agonizando, morrendo por falta de tratamentos veterinários, mesmo tendo vários profissionais da área em nossa instituição. Para agravar ainda mais a situação, o animal foi deixado para morrer sob o sol escaldante do meio dia, aumentando o seu sofrimento.
 Será que é esse o exemplo que queremos passar ? 


terça-feira, 28 de março de 2017

Atividade- Produção de fotos

Um minuto de silêncio pelo leite derramado  :'(

Huuuuuuum!

Você disse que não iria doer... Cadê o Zé Gotinha?

Prato fitness do dia.

Me sentindo a blogueira com essa foto espontânea.

Meu melhor ângulo.  




sábado, 25 de março de 2017

Visita Técnica: Fazenda Colorado - Araras, SP.

Vista aérea da Fazenda Colorado. Fonte: MilkPoint.


1. INTRODUÇÃO

   O leite, alimento presente na mesa da maioria dos brasileiros,está entre os seis produtos mais importantes para o agronegócio no Brasil, além de ser um dos pilares no quesito economia e geração de empregos no país (Carvalho et al, 2002).
   O sistema de produção intensivo de leite vem ganhando grande espaço na agropecuária brasileira. Apesar de necessitar  investimentos em tecnologias, o aumento da produção e a qualidade do leite produzido são satisfatórios. Além disso, a competitividade no mercado e a importância de um produto de qualidade para a então produção dos seus derivados, contribuíram para o avanço desse sistema. 
   Com o intuito de adquirir e aprimorar os conhecimentos já existentes, os alunos do 7° Período de Engenharia Agronômica que cursam as disciplinas de Produção de Ruminantes e Construções Rurais realizaram juntamente com os professores Rodrigo Rossi e Carlos Alberto Oliveira, uma visita Técnica a Fazenda Colorado, localizada no município de Araras no estado de São Paulo no dia 14 de março de 2017.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

O sistema de criação intensiva empregado na produção de leite, denominado também de Tie-stall, consiste em um sistema de criação onde os animais são confinados durante o ano todo, recebendo alimentação adequada (volumoso, feno e ração) durante todo o período produtivo, sendo que essa alimentação é fornecida por comedouros dispostos na instalação de confinamento. (Souza, 2004)
A manutenção dos níveis alimentares é vantajosa nesse sistema, já que favorece a alimentação volumosa com mais de 18% de fibra de matéria seca, concentrado energético com mais de 60% de nutrientes e vitaminas. (Ramos, 2015)

O confinamento de vacas leiteiras apresenta diversas vantagens como a colocação de um número bem maior de vacas na propriedade provendo assim um uso racional da terra e outras vantagens, assim como desvantagens, demonstradas na tabela á seguir.

Tabela 1. Vantagens e Desvantagens do sistema em tie-stall.
Vantagens
Desvantagens
Vacas limpas
Dificuldades para prender e soltar animais
Possibilidade de maior atenção aos animais
Reduz a oportunidade de animais se exercitarem
Fácil mecanização
Muito trabalho caso o manejo não seja mecanizado
Maior conforto para o funcionário realizar seu trabalho
Maior custo na construção das instalações
Manejo prático, principalmente para rebanhos menores
Menor possibilidade de separação das vacas por lote e maior possibilidade de estresse
Fonte: Ramos, 2015.

Esse sistema possibilita que ocorra uma produção constante ao longo do ano, sem que a produção sofra interferência significativa da sazonalidade climática. (Souza, 2004)
 O sistema de criação tie-stall é mais comumente utilizado nos estados das regiões Sul e Sudeste do Brasil, e, segundo Ramos (2015), os animais criados nesse sistema apresentam alta produtividade, podendo atingir índices de até 25 kg/dia, justificando o emprego de mão de obra especializada e os elevados custos de implantação.
Nesse sistema, as vacas podem ser ordenhadas até três vezes ao dia, sendo o sistema de aleitamento dos bezerros artificialmente, com desmama aos 2-3 meses de idade. Os machos são descartados o mais cedo possível, sendo a maioria vendida para abate e alguns para recria como futuros reprodutores. Por possuir assistência veterinária constante e possuir controle sanitário rigoroso, o risco de disseminação de doenças por meio da comercialização de animais é muito menor do que dos outros sistemas. (Assis, 2005)

3. MATERIAL E MÉTODOS


          Foram utilizados dados fornecidos pelo Rodolpho Moreira, administrador da Fazenda Colorado, durante a visita pela  sua Sede, bem como o referencial teórico, pesquisas e breves discussões sobre o sistema adotado, feitos em aula. 


4. RESULTADOS E DISCUSSÃO


          A Fazenda Colorado foi fundada em 1964 e em 1982 houve a fundação do Laticínio Xandô, ambos pelo empresário Lair A. de Souza, falecido em 2015.
        A área da fazenda é de 1600 hectares, sendo, destes, 550 para milho, 70 para forrageiras e 10 de estrutura construída- desde galpões de confinamento até a área de processamento do leite.
         O rebanho é constituído de gado Holandês PO. Atualmente, a propriedade conta com 1750 vacas em lactação, 275 vacas secas e 1900 novilhas e bezerras.
         O manejo reprodutivo da fazenda é feito de duas formas: ou por inseminação artificial ou por transferência de embrião. A inseminação artificial sexada é feita até a terceira cobertura em novilhas e de forma convencional é feita mais de três coberturas em novilhas selecionadas e em vacas. A taxa de concepção utilizando a inseminação artificial é de 28,2%, sendo que se faz uso do cio natural do animal. Na transferência de embrião, coleta-se o sêmen convencional e a fazenda possui doadoras próprias de óvulos. A transferência ocorre a cada 21 dias em novilhas atrasadas e em todas as vacas disponíveis no dia. A taxa de concepção é de 40%. 
         As vacas durante a gestação ficam numa área com sistema "Cross Ventilation" com capacidade para 200 animais, onde eles recebem acompanhamento 24 horas por dia e uma dieta aniônica. 


           Em 2015 foram realizados 1872 partos e no ano de 2016 este número subiu para 2015 partos.
        Os bezerros ficam em uma estrutura suspensa por até 70 dias e a propriedade tem essa estrutura para 700 bezerros. A alimentação dos bezerros consiste em colostro até a terceira mamada, leite bom até o terceiro dia de vida, leite com antibiótico até os 70 dias, feno e ração a partir dos 80 dias, e quando eles completam 100 dias de vida, é fornecido a dieta total.
        A nutrição do rebanho é feito com silagem de milho, silagem de capim pré secado, soja, milho moído, polpa cítrica, caroço de algodão, cevada, minerais, gordura protegida, sendo que os cinco primeiros citados são produzidos na própria Fazenda. A ração que é utilizada na alimentação dos animais também é formulada na propriedade.
        A ordenha é um dos pontos chave da Fazenda Colorado: em forma de carrossel, possui alta tecnologia. Possui 72 postos, onde é realizada 3 ordenhas por dia em todas as vacas que estão em lactação na propriedade. São ordenhadas 320 vacas por hora. Cada ordenha com os 72 postos completos dura entre 4 a 6 minutos. A produção total da fazenda é de 65.000 quilos de leite por dia, uma média de 35 quilos de leite/vaca/dia. O tempo gasto para ordenhar todos os animais da fazenda é de 6 horas. Como são feitas 3 ordenhas por dia, o carrossel funciona 18 horas seguidas para que o procedimento seja feito de forma completa. Nesse período de 18 horas, existem pelo menos dois funcionários acompanhando todo o processo.


      Os animais duros (que precisam de ocitocina para liberar o leite) foram descartados da propriedade.
      Quando é detectado um animal com mastite, e essa detecção ocorre quando o animal entra no carrossel e é feito o teste do copinho, a ordenha do animal é feita normalmente e o leite infectado vai para o mesmo local que o leite bom. Segundo o Rodolpho, o leite do animal com mastite coletado passa pelo mesmo tratamento que o leite dos animais sadios (5 filtros) e não interfere na qualidade do mesmo, já que este tanque tem capacidade para 30 mil litros. Assim que o animal sai da ordenha, ele é encaminhado para um lote especial - lote dos animais com mastite. Esse lote é o último a ser ordenhado e o leite vai para um reservatório separado. No dia seguinte, é feito uma avaliação do animal para ver se o tratamento dele compensa ou não. 
       Para higienização da ordenha após a coleta do leite de um animal com mastite, é passado um ar comprimido para esvaziar completamente os canais por onde o leite passa. Quando ocorre de apenas uma teta ser diagnosticada com mastite, ela é isolada e a ordenha ocorre normalmente nas outras.
      A Fazenda possui um estoque das principais peças da ordenha, para caso uma estrague. Faz-se checklist diariamente, semanalmente, mensalmente, semestralmente e anualmente para garantir o bom funcionamento da principal peça da Fazenda Colorado.
      O custo de produção por litro é uma média de R$ 1,00 quando animal não tem recria e R$ 1,30 com recria. O leite é vendido para o laticínio da empresa, que fica ao lado da sala de ordenha mas possui CNPJ diferente, por R$ 2,90. Lá o leite é beneficiado e sai com a qualidade de um leite tipo A, que é vendido entre R$ 4,50 a R$ 4,80 no mercado. É produzido leite tipo A tradicional, 0% lactose, Magro A e Light A.

      Outro ponto que, segundo o administrador da propriedade, é o segredo de tamanha produtividade da fazenda, é com relação ao tratamento dos funcionários. A forma de trabalhar, de capacitá-los e o espírito de equipe é que faz a Fazenda Colorado ser líder em produção de leite de qualidade. 
      

REFERÊNCIAS


SOUZA, Cecília de F.. Instalações para gado de leite. 2004. 31 f. Tese (Doutorado) - Curso de Engenharia Agronômica, Ufv, Viçosa, 2004.

RAMOS, Marcelo Carvalho. ANÁLISE DA VIABILIDADE ECONÔMICA NA PRODUÇÃO DE LEITE EM SISTEMAS DE CONFINAMENTO FREE-STALL. 2015. 151 f. Tese (Doutorado) - Curso de Engenharia Agronômica, Ufla, Lavras, 2015.


ASSIS, Airdem Gonçalves de et al. Sistemas de Produção de Leite no Brasil. Juiz de Fora: Embrapa, 2005. 5 p.

sexta-feira, 24 de março de 2017

Visita Técnica - Fazenda Colorado

O complexo agroindustrial leiteiro constitui-se em um dos mais importantes complexos do agronegócio brasileiro (SABBAG, 2015). Um alimento muito consumido por todas as faixas etárias, principalmente por crianças e idosos devido ao seu valor nutricional é o leite e, cada vez mais, é exigido que este produto seja produzido de forma segura. O Brasil vem ampliando cada vez mais sua produção leiteira devido ao aumento da produtividade, apesar do país ainda ocupar uma posição ruim quanto a este indicador (CARVALHO & VIEIRA, 2007).

No dia 14/03/2017 foi realizada uma visita técnica à Fazenda Colorado situado no município de Araras, interior de São Paulo. A fazenda tem uma área de 1600 hectares onde 550 são para a produção de milho, que posteriormente será utilizado para a produção de silagem, 70 hectares é composto por capim e 10 hectares de estrutura, indústria para a produção de leite.

A fazenda é responsável pela produção do leite “Xandô”, leite de ótima qualidade classificado com tipo A, e podem ser encontrados nas versões integral, light, zero lactose e magro. A fazenda conta com um rebanho de 1750 vacas da roça Holandesa, pura de origem e tem uma produção de 65.000 kg de leite por dia. O sistema de produção adotado é do tipo intensivo e é o terceiro ano consecutivo que a fazenda é considerada a maior produtora de leite do Brasil.

Como observado as vacas são alojadas em estábulos planejados e climatizados com camas limpas e secas, sempre preservando o bem estar dos animais. A alimentação é balanceada e produzida na própria fazenda sendo os ingredientes silagem de milho, silagem de capim pré-secado, soja, milho moído, polpa cítrica, caroço de algodão, cevada, minerais e gordura protegida. A ordenha é totalmente automatizada, sendo uma das mais modernas do mundo e garantindo o bem estar dos animais e qualidade do leite obtido.











Referências

CARVALHO, G. R.; VIEIRA, S.B.K. Setor lácteo no Brasil: uma análise do macroambiente competitivo. In: Anais do Congresso Internacional do Leite; 2007, Resende. Juiz de Fora: Embrapa Gado de Leite; 2007.

SABBAG, O. J. Análise de Custos da Produção de Leite: Aplicação do Método de Monte Carlo. Revista Extensão Rural, DEAER – CCR – UFSM, Santa Maria, v.22, n.1, jan./mar. 2015

Sistema Extensivo x Sistema Intensivo na produção de gado de leite e de corte

SISTEMAS DE PRODUÇÃO DE GADO DE LEITE

  1. SISTEMA EXTENSIVO 


    O sistema extensivo de produção de leite é caracterizado pela alimentação do gado exclusivamente à pasto, sendo sua complementação apenas por sal comum. A produtividade desse modelo é uma produção média anual de 1200 litros de leite por vaca (Assis et al, 2005).
     As vacas são ordenhadas uma vez ao dia, com o bezerro ao pé. O rebanho, geralmente, é constituído de animais mestiços, com raças altamente zebuínas. O sistema de aleitamento é o natural (bezerro mamando na vaca durante toda a lactação), e a desmama ocorre dos 6 aos 8 meses de vida. Os machos normalmente são vendidos para produtores que fazem a recria ou ficam na propriedade até a idade de abate. As novilhas e as vacas de descarte são vendidas para frigoríficos (Assis et al, 2005).
    O controle sanitário nessas propriedades geralmente é precário ou inexistente, assim, o risco de  disseminação de doenças contagiosas é elevado. As instalações são mais simples, tendo-se basicamente um curral. A assistência técnica ocorre eventualmente por técnicos de órgãos públicos ou de empresas vendedoras de insumos agrícolas e não existe planejamento por parte dos produtores (Sarcinelli et al, 2007). 
   Segundo Assis et al (2005), esse sistema compõe basicamente os produtores de leite que comercializam o produto de informalmente, onde é mais comum nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país, correspondendo a 89,5% das fazendas produtoras de leite do país e contribui com 32,8% da produção de leite nacional.

Fonte: Milkpoint.


     2. SISTEMA SEMI-EXTENSIVO


   Nesse sistema, a alimentação dos animais é feito à pasto, com suplementação de volumosos nas épocas de seca. A produtividade média anual é de 1200 a 2000 litros de leite por vaca. O uso de concentrado varia de acordo com o nível de produção do rebanho, sendo mais comuns os concentrados comerciais ou ingredientes simples como milho, caroço de algodão e farelo de trigo. Segundo Assis et al (2005), os suplementos alimentares geralmente são volumosos de baixa qualidade.

   Os rebanhos geralmente são mestiços, mas nesse sistema já se tem a adoção de modernas tecnologias nos processos de reprodução, como inseminação artificial e transplante de embriões, no intuito de melhorar a genética e, consequentemente, a produção do rebanho (Sarcinelli et al, 2007).
    O controle sanitário é melhor, mas ainda pode ser considerado precário com algum risco de disseminação de doenças. A assistência técnica é eventual por técnicos da extensão oficial, cooperativas e indústrias de laticínios. O sistema é praticado nas regiões Sudeste e algumas áreas da região Sul (Assis et al, 2005).

   3. SISTEMA INTENSIVO A PASTO


   Caracteriza-se pela alimentação a base de pasto, com gramíneas com alta capacidade de suporte, e suplementação com volumosos diversos durante o período de menor crescimento das forrageiras tropicais. O uso de concentrado, com ingredientes de boa qualidade (milho, farelo de soja, caroço de algodão, etc) varia de acordo com o nível de produção do rebanho: vacas em lactação, vacas secas e novilhas durante o pré parto e bezerros.  A produtividade média anual é de 2000  a 4500 litro de leite por vaca (Assis et al, 2005)
   O risco de disseminação de enfermidades é menos do que nos sistemas anteriores. As instalações são simples, com investimentos em salas de ordenha e resfriamento de leite. Assistência veterinária permanente e a assitência técnica é contratada, embora alguns recebam assitência de técnicos de cooperativas e indústrias de laticínios. O sistema predomina nas regiões sudeste e sul, em algumas regiões centro oeste e nordeste (Assis et al, 2005) . 
Fonte: Globo Rural.


  4. SISTEMA INTENSIVO EM CONFINAMENTO

   Esse sistema é caracterizado pela alimentação exclusivamente à cocho, baseado em alimentos conservados (silagem de milho, feno de alfafa ou gramíneas de maior qualidade) e o uso de concentrados é comum em todas as etapas de desenvolvimento animal. Os rebanhos, são, na maioria das vezes, constituídos de raças puras taurinas, onde a produtividade média anual por vaca é superior a 4500 litros de leite (Assis et al, 2005).
   As estruturas são altamente tecnificadas em todos os setores de produção, e a assistência técnica tanto agronômica quanto veterinária é predominantemente contratada. Esse modelo é mais comumente encontrado na região Sul e Sudeste, contribuindo com cerca de 4,6% do total da produção leiteira do país (Assis et al, 2005).

Fonte: Alta Genetics

SISTEMAS DE PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

 1. SISTEMA EXTENSIVO

    Caracterizado pela utilização maciça de recurso naturais, chegando em algumas vezes ocorrer de forma extrativista; a maioria das propriedades rurais situa-se longe dos centros consumidores; animais mestiços (azebuados); gado a campo; produtividade e/ou produção relativamente baixa; quase sempre sem planejamento alimentar, profilático ou sanitário; controles de produção e reprodutivos inadequados ou inexistentes; instalações inadequadas; pastos formados de plantas nativas e/ou exóticas, mas com os manejos da pastagem e do pastejo inapropriados; a utilização de suplementação alimentar quase inexistente (Rodrigues, 2014).
Fonte: Geografia Temática.

 2. SISTEMA SEMI-INTENSIVO

   Caracterizado por propriedades rurais especializadas, ditas empresas rurais, podem ou não estar próximas a grandes centros; alimentação baseada em pastos, porém com utilização de suplementos minerais e concentrados; técnicas de conservação de forragens (silagens) e ou capineiras; quando utilizado o sistema de confinamento geralmente está vinculado à fase de engorda; controle zootécnico, profilático e reprodutivo; processos modernos de criação, onde utiliza-se gerenciamento agropecuário, de biotécnicas de reprodução; de insumos e maquinarias; emprego de maiores investimentos por unidade de terra em relação ao sistema extensivo; contabilização do trabalho/há; maior capacitação de funcionários; as pastagens são exóticas e, algumas vezes, com manejos apropriados do pastejo e da pastagem e em alguns casos utiliza a integração lavoura pecuária; a suplementação alimentar concentrada pode ocorrer ao longo do ano, ou em partes do ano, porém a suplementação mineral ocorre ao longo do ano; o material genético zebuíno ainda permanece predominante, em especial no rebanho de matrizes, utilizando técnicas de inseminação artificial e/ou no mínimo touros puros de origem; pode ocorrer a utilização de animais de origem europeia nos cruzamentos, principalmente aqueles destinados ao abate; controle de parasitas e outras enfermidades; as instalações de maneira geral são mais apropriadas e não se restringem ao curral de manejo (Rodrigues, 2014).
   
Fonte: Globo Rural

3. SISTEMA INTENSIVO  

   Caracterizado por propriedades altamente especializadas, ditas empresas rurais, geralmente próximas a grandes centros, onde o preço da terra é alto e os conhecimentos mercadológicos são a chave para a manutenção; necessita de planejamento dos recursos alimentares, sanitários, produtivos e reprodutivos, administrativos, entre outros; intensiva exploração dos pastos, principalmente para rebanhos matrizes, quando utilizados para a fase de engorda podem estar associados à irrigação e/ou suplementação (semiconfinamentos) e/ou integração lavoura pecuária; há adoção do sistema de confinamento, que pode ocorrer logo após a desmama; devido ao alto grau de especialização dos animais, é característica a alta produção animal e alta produtividade; há emprego de alimentos concentrados e minerais; mão de obra especializada, com a necessidade de especialistas nas áreas que circundam o sistema de produção de carne; quanto às características genéticas dos bovinos, esta pode ter base zebuína, mas também pode ocorrer maior utilização de animais de origem europeia, essa variação é dependente do objetivo da produção, que geralmente estão associados ao mercado consumidor final (Rodrigues, 2014).
Fonte: Portal do Agronegócio.



REFERÊNCIAS

ASSIS, Airdem Gonçalves de; et al. Sistemas de produção de leite no Brasil. Cartilha Técnica Embrapa: Juiz de Fora - MG, 2005. Disponível em <https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br> Acesso em: 20/03/2016.

SARCINELLI, Miryelle Freire; VENTURINI, Katiani Silva; SILVA, Luís César da. Produção de Bovinos Tipo Leite. Boletim Técnico UFES, 2007. Disponível em <http://www.agais.com> Acesso em: 20/03/2017.

RODRIGUES, Silvano. Sistemas de Criação. Cartilha Técnica UFRA, 2014. Disponível em <http://www.ebah.com.br> Acesso em 24/03/2017.


Visita Técnica - Fazenda Colorado

INTRODUÇÃO

O leite é um alimento de importância fundamental na alimentação dos brasileiros, na produção leiteira principalmente nas pequenas, médias e grandes propriedades, e na economia do país.

Segundo Brito (2016), nos países desenvolvidos a estrutura de produção mais encontrada é a produção intensiva de leite, enquanto que em países em desenvolvimento nota-se a produção extensiva. O setor leiteiro atua como gerador de desenvolvimento econômico, pela geração de emprego que em 2014 segundo dados do IBGE emprega cerca de 90 mil pessoas. Mas um grande gargalo apresentado pelo autor é a necessidade de aprimorar a eficiência em produção de leite para maior representatividade e competitividade no cenário econômico mundial.

Nesse cenário a opção é a produção intensiva, com gestão de toda cadeia de produção de forma mais eficiente e como resultante uma atividade econômica mais competitiva.

Neste contexto os alunos da disciplina de Produção de Ruminantes, do 7º período do curso de Engenharia Agronômica do Instituto Federal do Triangulo Mineiro – Campus Uberlândia, realizaram uma visita técnica no dia 14 de março de 2017 na Fazenda Colorado, localizada no município de Araras (São Paulo), então a fazenda foi apresentada aos alunos pelo Rodolfo, empregado da fazenda, pertencente a parte administrativa.

O objetivo dessa viagem é gerar conhecimento e discernimento sobre as diferentes práticas e métodos para cultivos de gado de leite.


REVISÃO DA LITERATURA

Segundo Novo et al. (2009), sistema de produção de leite refere-se a sua produtividade (produção anual de leite por hectare), com utilização de índices como a percentagem de vaca em lactação, a produção de leite da propriedade por dia  relacionada com diferentes fatores. 

Na utilização do sistema intensivo demonstra a gestão dos recursos disponíveis da forma mais eficiente possível para alcance de ganhos e resultados para o produtor. Os autores inferem que não existem técnicas ou tecnologias mais modernas ou ultrapassadas, e sim o que existe são técnicas elementares que vão alavancar o processo produtivo e conseqüente ganhos para os envolvidos, bem como técnicas de pouca valia para o mesmo fim. Novo et al. (2009) cita os investimentos necessários  e que nem sempre acarretará em aumento de custos, como o horário de ordenha, a análise da folha de pagamento, o descarte de animais, delimitação de piquete, bem como outras técnicas que investimentos terão que ser realizados como a recuperação de fertilidade no solo. 


      O sistema intensivo é caracterizado pelo confinamento do animal e adoção de métodos tecnológicos, de forma que permite altos rendimentos produtivos ao animal no menor tempo possível, buscando produtividade máxima por cabeça. (FAZENDA SANTANNA, 2017). O alimento é levado até o animal, sendo um sistema mais controlado, podendo ser ocupado menores espaços.  Este sistema é mais recomendado para gado de alto padrão, os animais são separados em instalações próprias, em lotes, de acordo com a idade e a fase de produção racial (Sarcinelli, 2007), os animais mantidos em confinamento com alta média anual de produção por vaca, são alimentados no cocho com forragens conservadas podendo ser silagens e fenos, no entanto o uso de concentrados é comum em todas as categorias do animal, o rebanho é constituído principalmente por animais puros de raças taurinas (ASSIS, 2005). 

                 Esse tipo de sistema de confinamento tem como principal característica a formação de lotes de animais em currais de engorda com área restrita. É considerado um sistema de alto custo de produção e adota procedimentos de alta tecnologia, sendo destinado à produção de gado de leite (PROCREARE, 2016), e visa menor tempo de abate do animal, no entanto necessita de maior mão-de-obra em relação a criação a pasto, é necessário ampla infraestrutura e boa disponibilidade de água e luz.



MATERIAL E MÉTODOS

       Foram utilizados dados da produção de leite intensivo da propriedade Fazenda Colorado em Araras – SP, através de realização de visita na sede da propriedade em 14 de março de 2017, bem como referencial teórico sobre o método de produção de leite intensiva, ora antes ministrado na disciplina.


RESULTADOS E DISCUSSÕES

        A história da Colorado começou há 50 anos, quando o empresário Lair Antônio de Souza comprou a fazenda Bom Jesus, no ínicio da fazenda retirava-se 2 galões de 50 l/dia.

         Atualmente, na Fazenda Colorado o custo sai aproximadamente de R$ 0,95 a R$ 1,15 sem a recria, e de R$ 1,25 a 1,45 com a recria, em relação a venda, o custo fechado do leite sai  a R$ 1,80 a 1,90 por litro de leite com a indústria, e é vendido a R$ 2,80 a R$ 2,90 para a distribuidora da Xandô, sendo que todos os segmentos pertecem a fazenda,  indicando o alto lucro de suas atividades.


           A Fazenda Colorado possui um sistema intensivo de produção de leite, assumindo o posto de maior produtora de leite do tipo A do Brasil, chegando a produzir até 65.000 litros/dia, sem a realização nenhum transporte da ordenha até o laticínio e conta com um rebanho de aproximadamente 1750 vacas da raça holandesa pura origem em lactação, dando em média 37 litros de leite/vaca. Há também 275 vacas secas e 1825 novilhas e bezerros. A produção da fazenda no dia 13 de março de 2017, fechou em 65.505 mil litros de leite em um dia, e a média foi de 37 kg de produção por vaca em um dia. 



Figura 1: Leites produzidos pela fazenda dentre estes: desnatado, integral , magro e sem lactose




Figura 2 : Latícinio
Figura 3: Latícinio

        Suas instalações contam com uma tecnologia conhecida por “cross ventilation”, chamada também de ventilação cruzada, sua função é gerar o conforto térmico, diminuindo o THI (Índice de temperatura e umidade) do animal, ou seja, diminuindo o estresse térmico dos animais, principalmente por ser um gado holandês PO (puro de origem), este que não tem tanta resistência como o girolando. A ventilação cruzada, é composta por uma placa evaporativa de 240 metros, onde fica sendo umidificada, em água em temperatura ambiente, do outro lado tem 126 exaustores que puxam esse ar que esta passando pela placa, neste momento como tem uma maior temperatura no lado externo, vai acontecer a vaporização das moléculas de água, resfriando o ambiente e mantendo seu rebanho leiteiro totalmente fechado permitindo criar uma diferença térmica de até 10 graus do meio externo. Um termostato é usado no gerenciamento para avaliar a temperatura e é ativado quando se atinge uma temperatura de 20º C, a qual é a máxima para o melhor desempenho (XANDO, 2014). A iluminação é toda por fotoperíodo, ficam 16 horas mais claras, e 8 horas mais na penumbra.

            A areia disponibilizada nas camas é a melhor opção para retirar o calor do úbere, a limpeza são feitas 3 vezes ao dia, e no intervalo de 1 dia é realizada a reposição da areia.


Figura 4: Placa evaporativa, pertencente ao sistema "cross ventilation"

Figura 5: Animais deitados na cama de areia, no barracão apresenta luminosidade controlada.


          A estrutura do local e bem planejada e contou com apoio de financiamentos bancários (BNDES) com juros para produtores rurais, estima-se que o investimento foi de 45 a 48 milhões de reais, divida que foi paga no final de 2016.

Figura  6: Estrutura para confinamento de bovinos
         Há uma importância direta nos gastos com água e energia, com a economia e na produção da própria fazenda. Fora a bovinocultura leiteira há ganhos com a venda de novilhas para melhoramento genético de rebanho de outros criadores.A água é um fator limitante na Fazenda Colorado, pois, eles utilizam a água potável  vinda de poço artesiano, sendo que na fazenda tem 6 poços artesianos, porém o que mais fornece água a eles é um poço que está a quase 4 km da sede da ordenhadeira e é bombeado até la, dificultando o aumento de animais na fazenda. Há também 6 tanques de armazenamento de água da chuva, esta água é utilizada apenas para limpeza do chão. Na fazenda tem um sistema de tratamento de água, mas não é utilizada para colocar nos bebedouros dos bovinos, pois, é preferível usar uma água que é saudável, do que gerar todo um sistema de tratamento. A água é reutilizada, pois há um gasto de mais de 1 milhão de litros de água por dia, porém destes 1 milhão, 60% a  70% é reutilizada,  através do tratamento, há no tratamento a decantação da areia que vai junto com a água, e uma peneira que separa a parte sólida que vai para a compostagem, há também 3 lagoas de tratamento, após o tratamento a água volta para a caixa d'água para limpeza do chão.


Figura 7: Bebedouro apresentando boa qualidade de água
Os dejetos são aproveitados, passam por biodigestores e viram biofertilizantes, muito utilizados para o capim  (tifton) produzido. O tifton após cortado é pré secado em 2 horas de sol, então a bolota de feno pode ser produzida e enrolada por 3 vezes em lona plástica, para vedar e não gerar fungos. Na Fazenda Colorado  cerca de 500 ha é destinado ao cultivo de milho  e 70 ha para capim para alimentação dos animais. 


Na fazenda as reproduções feitas via inseminação, por meio de sêmen sexado são feitos até terceira cobertura, devido ao fato das novilhas serem mais fertéis nesse período, aumentando a porcentagem de nascimento de animais fêmeas, porém há apenas 28,2% de concepção. A inseminação é feita 60 dias após o parto.


         
 A transferência de embrião na fazenda apresenta uma taxa de concepção na casa dos 40%.O cio é detectado a partir do pedômetro, porém nas novilhas é feito com marcação de giz.

 A taxa de natimortos em 2016 foi de 4,8%. Em 2016 foram realizados 2015 partos na fazenda. A taxa de ocupação das camas é aproximadamente 110%, pois o barracão era para 1700 animais, e atualmente estão com 1750 animais.

Após o nascimento é dado o colostro, pois, é a principal forma de conferir imunidade aos recém-nascidos, pois é rico em anticorpos, este é dado até a terceira mamada, neste período também é disponibilizado  um leite de transição (leite pós parto), do terceiro dia até o vigésimo quinto dia é fornecido ao bezerro o leite de antibiótico, pois todo leite de antibiótico deve ser descartado, então este leite é coletado e pasteurizado no bezerreiro e entregue aos bezerros, até o momento não geraram problemas ao bezerros o consumo desse leite, porém quando não há leite com antibiótico a alimentação é complementada com leite em pó. A ração também é disponibilizada aos bezerros desde os primeiros dias de vida e com o passar dos dias é aumentado o volume de ração e diminuido o volume de leite de forma gradativa. A desmama, que geralmente ocorre antes dos 90 dias, durante esse tempo o bezerro permanece na gaiola suspensa, na fazenda ficam em torno de 300 bezerros nas gaiolas, todavia há sempre  um número maior de gaiolas, caso aconteça de aumentar o número de bezerros. As fêmeas seguem para o semi-confinamento recebendo a dieta total e os machos vendidos. 


Figura 8: Animais em gaiolas suspensas

            As novilhas ficam no semi-confinamento até sua primeira cria, e depois são transferidas para o confinamento, onde ficam com as lactantes em uma área de 2 hectares.


Figura 9: Ração destinada a alimentação dos bezerros

Figura 10: Bezerro com identificação

Figura 11: Bezerros em lote específico 
Figura 12: Animais em confinamento, no barracão de 2 ha


A alimentação das vacas em lactação é baseada em dietas com: feno de capim, silagem de milho, farelo trigo, soja, gordura protegida, caroço de algodão e concentrados, o bagaço de cana é utilizado só para novilhas. 

O único momento que o cocho é zerado é de manhã, quando os animais do lote estão na ordenha, então as sobras são pesadas. Em média são 5% de sobras.

  Há na fazenda a ordenha carrossel, onde os animais caminham voluntariamente para alívio do seu úbere,com 72 postos ou seja, cabem 72 animais na plataforma, as 1750 vacas em lactação são ordenhadas 3 vezes ao dia, o ordenha vai rodar em torno de 18 horas, sendo 3 turnos de 6 horas tempo efetivo de ordenha ( sendo 5 horas e meia de tempo efeito e 30 minutos para descanso de café ou outros), a fazenda poderia chegar até 360 animais por hora, porém não é o foco, pois assim prejudica a detecção de mastite, então para preservar a qualidade do leite, a ordenhadeira é mantida com uma velocidade tranquila. Em 11 minutos a vaca entra no carrossel e sai do carrossel, o tempo médio efetivo de ordenha tirando o leite é de 4,8 minutos. Não é necessária a aplicação de ocitocinas nos animais, pois aos poucos os animais no qual era necessário a aplicação foram sendo descartados. A média de lactação são 2 lactações e meia, sendo que cada lactação da em torno de um ano, porém tem animais de 5 lactações, depende de cada animal.
Figura 13: Ordenhadeira do tipo carrossel
Figura 14: Vacas caminhando até a ordenhadeira

De forma alguma a ordenhadeira pode parar, então a fazenda é toda estruturada, caso haja a falta de energia, a fazenda conta com um gerador de alta voltagem, com quatro motores a diesel que consegue gerar energia para toda fazenda. Antigamente, tinha momentos que eles utilizavam apenas o gerador, pois, o diesel estava mais barato que a energia elétrica, mas hoje ele fica mais reservado para falta da energia elétrica. As principais peças da ordenhadeira, sendo estas que nas quais o carrossel não funciona sem, eles tem em estoque na fazenda, e também há empregados treinados para realizar esta troca. A checagem da ordenhadeira também é realizado para evitar problemas, sempre é feito o trabalho preventivo. A manutenção é feita sempre que possível sem que ocorra a parada do carrossel, quando é necessário a parada, o tempo da ordenha é realizado em uma velocidade maior, em vez de demora 5 horas e meia, este é realizado em 5 horas, deixando um tempo maior entre uma ordenha e outra.

A detecção de mastite é feito na próprio chão preto plataforma do carrossel, esta é limpada com um spray de água já presente na ordenhadeira, se o teste for positivo e o leite estiver com grumo, e entretanto o animal estiver com o visual saudável, podendo se então inferir que o bovino não está com um grau 3 de mastite, eles então retiram uma amostra do leite do animal antes da ordenha ser realizada, pois, para o tratamento ser feito, é necessário antes,ver a cultura desse leite para saber se tem bactéria gram negativa ou gram positiva, se são bacilos entre outros. Essa metodologia é empregada para correto tratamento do animal. O grumo presente, não é transferido para o leite, pois, na fazenda colorado eles tem 5 peneiras antes da chegada do leite ao tanque de 30 mil litros, então não haverá influência no volume total do leite, única contaminação que ocorre é na teteira, então é necessária a higienização desta antes de colocar em outro animal. 

Figura 15: Tanques de 30 mil litros 

Após a ordenha, o animal no qual a mastite é detectada, é separado no lote de mastite. Neste lote a ordenha é realizada no final de todas as ordenhas, antes da ordenha do lote com mastite, o carrossel da uma volta vazia para retirar todos os animais e é injetado o ar comprimido na linha, para esgotar o leite que é comercializável, para que vá todo o leite para o tanque. Após esse procedimento, é feito um desvio para o leite cair diretamente em um tanque na garagem, este leite é levado para o bezerreiro, em seguinte é feito a limpeza da ordenhadeira. Passado-se 24 horas do envio da amostra do leite com mastite,  já é possível saber o que proceder com o animal, ou seja qual o tratamento correto a ser realizado, por exemplo: qual antibiótico vai ser utilizado etc. 

Na fazenda o CMT (Califórnia Mastite Teste), utilizado para identificar mastite subclínica, é feito apenas em pós parto toda semana. A cada dois meses na qual a ocorrência são maiores, é feita o CMT.  

A contagem de células somáticas do leite (CCS), que tem sido um indicador da qualidade do leite, pois, a CCS no leite é sinal de inflamação na glândula mamária, apresentou no último laudo realizado um valor  de 180.000 CCS. Este valor é devido as técnicas utilizadas para diminuir o CCS, como a isolação de cultura, que dependendo da bactéria encontrada é feito o selamento da teta naquela lactação, e na próxima lactação, faz se o CMT e a cultura, e então é observado se o animal curou-se, caso não tenha curado, o animal é novamente selado.

O manejo do hormônio bST ( somatotropina bovina recombinante)- Lactotropin, realizado para aumentar a produção de leite é feito a aplicação em animais acima de 100 dias de lactação (após o parto) de 12 em 12 dias.
     
Todo o controle é feito através de um painel de modelo israelense, neste é feito automaticamente a identificação, medição de leite, extração da malha, indicação de tempo perdido, possibilidade de prenhez do animal, detecção do cio etc e é então direcionado ao computador.
            A fazenda contribui diretamente para geração de renda local por gerar quase 300 empregos fixos, divididos em 3 turnos ao dia. Uma colônia de moradia é destinada aos funcionários.
    


CONCLUSÃO

            A visita técnica à uma das maiores fazendas produtoras de leite do país possibilitou adquirir conhecimento prático sobre o funcionamento - em amplas variáveis - do sistema intensivo de confinamento de gado.


             Foi possível compreender que o que fez a fazenda chegar no que é hoje, foi cada um que trabalha na fazenda, ou seja, toda a equipe. O que realmente muda é o trabalho com as pessoas; então, é necessário desfocar um pouco de processos e focar em pessoas. 



REFERÊNCIAS

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BRITO, Eduardo Corrêa. Produção intensiva de leite em Compost Barn: uma avaliação técnica e econômica sobre a sua viabilidade. 2016.
BLOG DA CARNE. Carne Bovina de Boi a Pasto X Confinamento - Aspectos Nutricionais. Disponível em: <http://blogdacarne.com/index.php/2016/09/02/carne-bovina-de-boi-a-pasto-x-confinamento-aspectos-nutricionais>. Acessado em: 20 mar. 2017.
CANAL RURAL. Novos mercados: Brasil passará a exportar 1 bilhão de litros de leite em quatro anos, prevê entidade. Disponível em: < http://www.canalrural.com.br/noticias/leite/brasil-passara-exportar-bilhao-litros-leite-quatro-anos-preve-entidade-60479>. Acessado em: 20 mar. 2017.
FAZENDASANTANNA. Pecuária Extensiva: Pecuária extensiva para gado de corte e de leite. 2017. Disponível em: <http://www.fazendasantanna.com.br/i/pecuaria-extensiva/>. Acesso em: 15 mar. 2017.
GUIMARÃES, Maria Clara de Carvalho et al. Metodologia para análise de projeto de sistemas intensivos de terminação de bovinos de corte. 2005.

NOVO, ALM et al. Sistema intensivo de produção de leite em pastagens tropicais. Embrapa Pecuária Sudeste. Circular Técnica, 2009.
PROCREARE. Pecuária extensiva e intensiva: As principais diferenças entre pecuária extensiva e intensiva está na área de ocupação e na tecnologia que é aplicada. 2016. Disponível em: <http://procreare.com.br/pecuaria-extensiva-e-intensiva/>. Acesso em: 20 mar. 2017.
Sarcinelli, M. F. Produção de Bovinos - Tipo Leite. Disponível em: <http://www.agais.com/telomc/b00407_leite_bovinodeleite.pdf.>. Acessado em: 20 mar. 2017.

XANDO. MilkPoint visita o maior projeto de produção de leite do Brasil. 2014. Disponível em: <http://www.xando.com.br/MilkPoint-06-10-14.php>. Acessado em: 20 mar. 2017.

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