Pneumonia
Enfermidade: A
Pneumonia é caracterizada pela inflamação dos bronquíolos, manifestando-se por
um aumento na frequência respiratória, tosse e sons respiratórios anormais na
auscultação (AGROLINE, 2015).
Causa: As
pneumonias podem ser divididas em infecciosas primárias e pneumonias por
metástases. As pneumonias primárias podem ser causadas
por vírus ou bactérias dos gêneros Pastetirelia e
Klebisielia. Já as pneumonias por metástases ocorrem quando os bezerros
apresentam uma ou mais lesões primárias em determinado local do organismo, como
diarreia, onfaloflebite e outros (AGROLINE, 2015).
Prevenção: Fornecer
uma alimentação adequada, higiene, evitar estabulação comum com grande número
de animais, evitar instalações mal ventiladas e úmidas. Sendo que os animais
doentes devem ser isolados dos demais para evitar transmissão (AGROLINE, 2015).
Tratamento: Normalmente
o produtor utiliza o que há disponível na propriedade, porém não é recomendável
utilizar produtos à base de Tetraciclina e Dexametasona, pois causam inibição
do desenvolvimento das células metafásicas, prejudicando o crescimento do
animal.
Colibacilose
Enfermidade: Podendo
ocorrer na primeira semana de vida, a doença provoca complicada inflamação dos
tecidos intestinais, juntamente com diarreia, e na forma mais grave, toxinas e
bactérias atacam a corrente circulatória, aumentando a taxa de mortalidade.
Causa: Bactéria
Escherichia coli
Prevenção: Isolamento
de doentes, para evitar a contaminação de bezerros sadios; ingestão de colostro
para que o sistema imunológico seja ativado antes que as bactérias cheguem no
intestino; vacinação das vacas.
Tratamento: Melhoria
nas condições sanitárias do rebanho; vacinação; tratamento com soro feito com
glucose de milho.
Salmonelose
Enfermidade: Em geral, essa diarreia está
associada à pneumonia, seja pela quebra da resistência orgânica ou pela
disseminação da bactéria pelo organismo do animal, atingindo os pulmões. É
uma enfermidade caracterizada por febre, desidratação e fraqueza, infecção generalizada
em bezerros recém-nascidos, depressão profunda, diarreia aquosa com tonalidade
marrom e presença de fragmentos de mucosa, fibrina, estrias de sangue; produção de enterotoxina
que causa o aumento das secreções de sódio, cloro e água para o espaço interno
do intestino. O desenvolvimento das lesões entéricas compreende duas fases, a
colonização e invasão das bactérias no intestino e a excreção de líquidos e
eletrólitos. Dentro do rebanho, os principais agentes transmissores da
doença são os próprios bovinos. O portador da salmonelose pode ser
caracterizado pela ausência ou não de evidências clínicas. De modo geral, podem
ser classificados como: ativo - caracterizado por animais clinicamente doentes;
passivo - são animais que se curam, mas continuam transmitindo a doença pelas
fezes por até 10 semanas; e latente - que apresentam a bactéria no organismo,
porém sem sintomas e sem contaminar o ambiente. As principais formas de
disseminação da salmonelose são por via oral e fecal (OLIVEIRA; 2006).
Causa: Segundo
Barros (2001) a salmonelose é um tipo de diarreia causada
pela bactéria Salmonella, também conhecida como “paratifo dos Bezerros“;
é mais frequente em animais abaixo de doze semanas de idade (CHARLES,1992).
Prevenção: manejo adequado dos animais,
evitando a superlotação em confinamentos, estresse e contaminações, deixar os
bezerros doentes em quarentena isolado do
rebanho (CHARLES,1992).
Tratamento: fornecer colostro aos bezerros até
8 horas após o parto, para a transmissão dos anticorpos da mãe ao filhote (CHARLES,1992).
Onfaloflebite
Enfermidade: É
a inflamação do cordão umbilical. O principal sintoma caracteriza-se por um
aumento de volume no umbigo. Pode provocar hepatite, devido à ligação que
existe entre o sistema e o umbigo do recém-nascido. Por metástase pode causar
pneumonia e favorecer o aparecimento de miíase - bicheira (AGROLINE, 2015).
Causas: Contaminação
com o ambiente quando o bezerro nasce.
Prevenção: Assistência
ao parto, como por exemplo, não deixar que ocorra em local sujo e inapropriado,
primando sempre pela assepsia e higienização do local, para que o umbigo não se
contamine (AGROLINE, 2015).
Tratamento: Deve
ser realizado limpeza do local infectado com solução antisséptica, com produtos
como Terracam e Aerocid. Deve ser aplicado também antibiótico, como o Terracam
Plus Injetável (AGROLINE, 2015).
Tristeza Bovina
Enfermidade: A tristeza
bovina engloba duas enfermidades causadas por agentes diferentes, porém com
sinais clínicos e epidemiologia semelhantes: babesiose e anaplasmose(AGROLINE,
2015).
Esses parasitas
vivem e se reproduzem dentro das células vermelhas do sangue (hemácias) e
destroem as mesmas a cada ciclo de multiplicação, causando anemia intensa nos
animais afetados (SALVADOR, 2013).Os sinais clínicos na anaplasmose e na
babesiose por Babesia bigemina são apatia, anorexia,
emagrecimento, pelos arrepiados, coração acelerado, respiração acelerada
(batedeira), ausência de ruminação, quebra de leite (se for vaca), anemia
(mucosa branca do olho, da boca, da vulva, mais frequente na babesiose),
icterícia (amarelado, mais frequente na anaplasmose). A infecção por Babesia
bovis pode causar também um quadro conhecido como babesiose cerebral
ou nervosa, devido ao entupimento dos capilares cerebrais (SALVADOR,
2013).
Causa: A babesiose
bovina é causada pelos protozoários Babesia bovis e Babesia
bigemina e a anaplasmose pela rickéttsia Anaplasma marginale.
Os agentes da TPB são transmitidos principalmente pelo carrapato do bovino (Ripicephalus
microplus). O Anaplasma marginale pode, ainda, ser transmitido
mecanicamente por insetos hematófagos, como mutucas, moscas e mosquitos, ou por
instrumentos (faca, agulha) durante a castração ou vacinação (SALVADOR,
2013).
Prevenção: A
quimioprofilaxia é uma forma de prevenir a doença, sendo uma prática na qual se
utiliza um medicamento habitualmente empregado para o tratamento da tristeza
parasitária. O medicamento que for eleito deve ter sua atividade conhecida e
específica contra o agente que se deseja controlar
(Anaplasma, Babesia ou ambos). O objetivo desta prática é evitar o
surgimento de níveis elevados de parasitemia, mantendo o agente em níveis
subclínicos (SALVADOR, 2013). Outra forma de
prevenção é a não exposição do animal à áreas infestadas pelo carrapato.
Tratamento: É
realizado com drogas de efeito babesicida (derivados de diamidina),
anaplasmicida (tetraciclinas), ou de ação dupla (associação de diamidina com
tetraciclina ou imidocarb) (SALVADOR, 2013).Segundo Farias (1995) citado
por Salvador (2013) o sucesso do
tratamento dependerá da realização de um diagnóstico precoce, eliminar o
agente, dar condições ao fígado de reação e manter o animal sob condições
favoráveis, com mínimo de movimentação, sombra, água e alimentos de boa
qualidade à disposição. Segundo Agroline (2015) a utilização do Izoot
B12, um hemoparasiticida, pode-se fazer um tratamento preventivo e
curativo da babesiose, anaplasmose e das infecções mistas.
Referências
BARROS,
C. S. L.. Salmonelose. In: Franklin Riet-Correa; Ana Lucia Schild; Maria del
Carmen Méndez; Ricardo Antonio Amaral de Lemos. (Org.). Doenças de ruminantes e
eqüinos. 2ed.São Paulo: Varela, 2001, v. 1, p. 335-345.
CHARLES, T. P. (Org.) ; FURLONG, J. (Org.) . Diarreia dos bezerros (Publicação não seriada).. 1. ed. JUIZ
DE FORA: EMBRAPA GADO DE LEITE, 1992. v. 1. 107p .
EQUIPE BEEFPOINT. Diarréias
bacterianas e virais em bezerros. 2008.
Disponível em:
<http://www.beefpoint.com.br/radares-tecnicos/sanidade/diarreias-bacterianas-e-virais-em-bezerros-43779/>.
Acesso em: 03 abr. 2017.
OLIVEIRA FILHO, J.
P. de. Diarréia em
bezerros da raça Nelore criados extensivamente: estudo clínico e etiológico.
2006. 109 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade
de Medicina Veterinária e Zootecnia, 2006. Disponível em: <
http://repositorio.unesp.br/handle/11449/89262 >.
SALVADOR, Sandro César. Tristeza Parasitária Bovina (TPB). 2013. Disponível em:
<http://www.vallee.com.br/novidades/tristeza-parasitaria-bovina-tpb>.
Acesso em: 03 abr. 2017.
Grupo Inovanutri
Nauany Silva Leão
Rhayane de Andrade Pereira
Larissa Silva de Oliveira
Alexandre Moreira Cruvinel
Pedro Freiria
Danilo Leal Soares
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