terça-feira, 4 de abril de 2017

CINCO PRINCIPAIS DOENÇAS EM BEZERROS LACTANTES


1.      Diarreia

Sendo a principal causa de mortes, essa doença é ocasionada pela desidratação evoluída para morte circulatória, devido à perda excessiva de compostos líquidos e energéticos. Sua etiologia envolve bactérias,  como a Escherichia coli (Colibacilose) ou Salmonelia spp. (Salmonelose).
Os sintomas mais visíveis são as fezes amolecidas em excesso, com possíveis fitas sanguíneas, porém, segundo a Rural Soft (2017), as excreção apresenta odor forte, acompanhada de febre, emagrecimento e depressão, podendo desenvolver também uma hipotermia.
Segundo a Agroline (2015), a profilaxia recai em boa higiene, adequada ingestão de colostro e vacinação no final da gestação materna, e a tratamento - caso a doença já exista - pode ser oferecido via antibióticos a base de Sulfas.

2.      Onfaloflebite

De acordo com a Rural Soft (2017), é a inflamação umbilical pós nascimento, sendo o inchaço local o principal sintoma. Ela pode incitar outros problemas, como o hepatite, peritonite, abcesso hepático, e em casos mais graves pode induzir a pneumonia e miíase.
‘’O tratamento da Onfaloflebite é feito através da limpeza local com soluções antissépticas, como o Terracam Spray e Aerocid, e aplicação parenteral de antibiótico, Terracam Plus Injetável. Já a profilaxia é feita através de assistência ao parto, como por exemplo, não permitindo que o parto ocorra em locais sujos,  sempre observando os cuidados com o umbigo do bezerro recém-nascido’’ (AGROLINE, 2015).

3.      Pneumonia

Caracteriza-se pela inflamação dos bronquíolos, e seus sintomas baseiam-se em fadiga, tosse e sons anormais.
Santana (2012) afirma a existência de dois tipos, a infecciosa que é causada principalmente por vírus ou bactérias dos gêneros Pastetirelia e Klebisielia, e as metástases, devido lesões primárias em possíveis e diferentes locais do corpo, onde as populações bacterianas fixam-se no pulmão via corrente sanguínea. Casos de pneumoenterite são resultados desse comprometimento pulmonar. Há a possibilidade de doença devido ingestão forçada de leite e medicação oral com corpos estranhos.
Rural Soft (2017) afirma que,
‘’os principais sintomas da pneumonia são a respiração rápida e superficial, tosse, cianose quando atinge regiões extensas, diminuição do apetite ou inapetência, febre, lacrimejamento, tristeza e abatimento. A descarga nasal pode ou não estar presente. O tratamento é feito através da administração de antibióticos de amplo espectro (penicilina, tetraciclina, etc). No campo de verminose pulmonar, deve-se utilizar um anti-helmíntico específico. A profilaxia consiste em fornecer alimentação adequada, higiene, evitar estabulação comum de um grande número de animais, evitar instalações mal ventiladas e úmidas. Os animais doentes devem ser isolados’’.

4.      Babesiose

Santana (2012), relata a doença como de grande importância econômica, cujos sintomas são febre, hemólise e desiquilíbrio de hemoglobinas, causada pelo protozoário do gênero Babesia, tem como vetor principalmente o Boophilus microplus e ataca com mais vigor as raças europeias em relação as zebus, devido a diferentes suscetibilidades.
A prevenção recai em um bom manejo, evitando contado com pastos com históricos de infecção (lembrando que apenas um carrapato infectado transmite), aplicando a pulverização de carrapaticida.
O tratamento, seja curativo ou preventivo, de acordo com a Agroline (2015), deve ser feito com o hemoparasiticida Izoot b12, mantendo-se a carência de 28 dias para carne. Não é recomendando para lactantes.

5.      Anaplasmose

Causada pela saliva do mesmo carrapato, os sintomas, prevenção e tratamento seguem o mesmo padrão da Babesiose. O termo de doença ‘Tristeza Bovina’, refere-se a infecção por Anaplasmose e/ou Babesiose no mesmo organismo.



FIGURAS


1. Anemia - Fonte: realh.com.br
2. Onfaloflebite - Fonte: apodirural.blogspot.com.br
3. Pneumonia - Fonte: http://www.vallee.com.br


4. Infestação por Boophilus microplus - Fonte: nordesterural.com.br 
5. A. Boophilus microplus - Fonte: entomologytoday.org


5. B. Boophilus microplus - Fonte: felinepress.com



REFERÊNCIAS

RURAL SOFT. Principais Doenças dos Bezerros. Disponível em: <https://www.ruralsoft.com.br/principais-doencas-dos-bezerros>. Acessado em: 03 abr. 2017.
SANTANA, Karol. Bovinocultura Leiteira Técnica. 2012. Disponível em: <http://karolsantana2012.blogspot.com.br/>. Acessado em: 03 abr. 2017.
AGROLINE. Conheça as principais doenças dos bezerros e quais precauções tomar. 2015. Disponível em: <http://blog.agroline.com.br/conheca-principais-doencas-dos-bezerros-agroline/>. Acessado em: 03 abr. 2017.


Equipe Safrinha

Maikon; Rosana; Abimael; Mellany; Arthur; Roberta Rodrigues; e Lucas Eugênio.

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segunda-feira, 3 de abril de 2017

Principais doenças em Bezerros em lactação

Os bezerros nas primeiras semanas de vida são mais suscetíveis a doenças e infecções, isso porque eles nascem sem anticorpos, adquirindo-os primeiramente no fornecimento do colostro.
As principais doenças observadas nesse período são: Diarreias, pneumonias, Tristeza bovina e Inflamação do cordão umbilical.

Diarreias

As diarreias são separadas em dois tipos: Colibacilose ou curso branco Salmonelose ou paratifo.

Causa: Colibacilose ou curso branco é  provocada pela Escherichia coli e Salmonelose ou paratifo, é provocada por bactérias do gênero Salmonelia spp.

Os animais com diarreia causada por esses microorganismos apresentam fezes de consistência líquida, amarelada e fétida.

Prevenção: higiene geral, vacinação das vacas no final da gestação e ingestão adequada do colostro.

Tratamento: o tratamento sintetiza-se em manter o animal hidratado, utilizando soro para repor os eletrólitos perdidos.
Não é indicado o uso de antibióticos em bezerros pois estes eliminam as bactérias que estão se desenvolvendo no rumem, fazendo com que o desenvolvimento do animal seja prejudicado.

Pneumonias


Causa: a pneumonia tem etiologia complexa. Vários microorganismos podem se estabelecer no tecido pulmonar. Se for pneumonia infecciosa primária, podem ser causadas por vírus ou bactérias dos gêneros Pastetirelia e Dlebisielia principalmente.
Pneumonias por metásteses ocorrem devido a lesões primárias em determinado local do organismo, como diarreia, onfalofrebite, etc.
 Há a invasão da corrente sanguínea por bactérias que se fixam nos pulmões e causam pneumonia.

Prevenção: Fornecer alimentação adequada, higiene, evitar estabulação comum de grande número de animais, evitar instalações mal ventiladas e úmidas. Os animais doentes devem ser isolados.

Tratamento: Deve-se administrar antibióticos de amplo espectro a base de Florfenicol. No campo de verminose deve-se administrar um anti-helmíntico específico.
Não deve ser feito o uso de medicamentos a base de tetraciclina e texametazona em bezerros, poque ambos inibem o desenvolvimento da placa metafásica, prejudicando o crescimento do animal.

Tristeza Bovina


A Tristeza bovina compreende 2 enfermidades: Babesiose e Anaplasmose.

Causa: Babesiose: Protozoários transmitidos pelo carrapato Boophilus microphilus.
Anaplasmose: Transmitida pela saliva do mesmo carrapato

Prevenção: Manejo  orientado com a finalidade de se manter bom estado nutricional e profilaxia de todas as doenças de ocorrência comum no rebanho. A adoção de cuidados básicos poderá contribuir para a redução da morbidade, da mortalidade e do uso de medicamentos.

Tratamento: Uso de hemoparasiticida para tratamento preventivo e curativo da babesiose e anaplasmose e das infecções mistas. 


Onfaloflebite

É a inflamação do cordão Umbilica
Causa: Contaminação do umbigo quando o bezerro nasce.

Prevenção:  assistência ao parto, não permitindo que o parto ocorra em locais sujos,  sempre observando os cuidados com o umbigo do bezerro recém-nascido.

Tratamento: Através de limpeza com soluções antissépticas.

Referências:

Agroline, Conheça as principais doenças dos bezerros e quais precauçoes tomar. Disponível em <http://blog.agroline.com.br/conheca-principais-doencas-dos-bezerros-agroline/>.Acesso em 3 de abril de 2017.

 


Embrapa Gado de Leite, Manejo Sanitário. Disponível em <https://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Leite/LeiteCerrado/manejo/colostro.html>. Acesso em 3 de abril de 2017.

Principais doenças em bezerros



Diarréia

Existem várias causas de diarréia em bezerros, dentre as principais cita-se as bacterianas, vírus, sucedineos lácteos mal formados, superalimentação, falta de higiene e outras falhas de manejo.
As diarréias causadas por bactéria podem ter os seguintes agentes patológicos Escherichia coli e salmonelia spp. podendo causar a colibacilose ou curso branco e salmonelose ou paratifo respectivamente. Os sintomas de ambas as doenças são bem parecidos, sendo eles fezes fétidas, as vezes com estrias de sangue, febre inicial, posteriormente pode evoluir para uma hipotermia, inapetência, orelha caída, desidratação etc (RURAL SOLFT, 2017). A diarréia pode evoluir ainda para um quadro de pneumoenterite, um tipo de pneumonia causada pela diarréia através da metástase
A prevenção (profilaxia) se da através da vacinação da mãe em final de gestação, forecimento adequado do colostro e atenção com a higiene.
O tratamento se da através a administração de soluções hidratantes e em casos mais graves o fornecimento de antibióticos orais e medicação parenteral.

Omfaloflebite

Tem como sintoma a inflamação do cordão umbilical quando o bezerro nasce. A principal causa é a não ou a má realização da cura do umbigo após o nascimento.
O melhor método de prevenção é fazer corretamente a cura. Após o nascimento tem que ser realizado o corte do cordão umbilical dois dedos abaixo da linha do abdômen e fazer a aplicação de uma solução de iodo a 10% no canal umbilical utilizando uma seringa estéril (MELDAU, 2017). A realização do parto em condições precárias se torna um agravante no controle dessa doença.
Para tratar esta inflamação pode ser realizadas limpezas na região com soluções antissépticas, além da aplicação de antibióticos por via parenteral.
Sintomas característicos dessa doença é o aumento do volume do umbigo e dor abdominal. A sua evolução pode levar a outros sintomas mais severos (diarreia, febre e pneumonia) por conta da disseminação de microrganismos pela corrente sanguínea (MELDAU 2017).

Anaplasmose e Babesiose

Anaplasmose é uma das principais doenças que causa grandes prejuízos devido a morte dos animais infectados, aborto. O principal agente causador é o Anoplasma marginale. Ele pode ser transmitido biologicamente pelos carrapatos e mecanicamente por picadas de mosquito e moscas.
No Brasil o vetor dessa doença é o carrapato Rhipicephalus ( Boophilus micropolus ) que vive de forma endêmica sendo a principal suspeita da transmissão de doenças transmitindo-as pela sucção do sangue bovino.
Os sintomas são febre, falta de apetite, emagrecimento, fraqueza, paralização da ruminação, orelhas caídas, queda na produção de leite, frequência cardíaca e respiratória acelerada e anemia. O tratamento se dá por soroterapia, transfusão sanguínea e aplicação intramuscular de Ganaseg (Diaceturado, diazominodibenzamidina) e a prevenção é a poda da forragem infestada pela praga para que haja morte pelo sol (RURAL SOLFT, 2017).
Babesiose também uma doença causada pelo mesmo vetor tem grande semelhança com a Anaplasmose de forma que é necessário um esfregaço de sangue periférico no animal doente para detectar a diferença entre as duas (RURAL SOLFT, 2017). Quando as duas doenças são encontradas no mesmo animal, esse complexo é chamado de tristeza bovina.

Referencias

MELDAU, C. D.. Onfaloflebite em Bezerros. Disponível em: www.infoescola.com/doencas/onfaloflebite-em-bezerros. < Acesso: 03/04/2017>.

Principais doenÇas DE BEZERROS. Disponível em: < https://www.ruralsoft.com.br/principais-doencas-dos-bezerros/ > Data de acesso: 03/04/2017.

CINCO PRINCIPAIS DOENÇAS EM BEZERROS LACTANTES

DIARREIA

Possui duas denominações: 
  • Colibacilose ou Curso Branco (Escherichia coli) líquida, amarelada, fétida e com presença de sangue; 
  • Salmonelose ou Paratifo (Salmonelia spp.), que é líquida, amarelada e fétida.
  • Diarreia Branca: causada por excesso de leite.
A diarreia ocasiona grande perda de líquidos e eletrólitos corporais, causando desidratação e podendo evoluir para um choque hipovolêmico e até a morte por falência circulatória.
A profilaxia é feita através de vacinação da mãe no final da gestação, fornecimento adequado de colostro e higiene. 
O tratamento é feito à base de soro caseiro composto por água, sal e glucose de milho, com o intuito de manter o animal hidratado.
Fonte: www.boiapasto.com.br

PNEUMONIA

Pode ser causada por vírus ou bactérias do gêneros Pastetirelia e Klebisielia (infecções primárias).
As pneumonias por metástases ocorrem quando os bezerros tem uma lesão primária em determinado local do organismo, como diarreias, etc. Congestionamentos dos bronquíolos por inalação de partículas da ração podem causar também pneumonia, bem como, a penetração do leite em falsa via. 
A profilaxia consiste em oferecer alimentação adequada, higiene, evitar estabulação com muitos animais e instalações mal ventiladas e úmidas. 
Os tratamentos são feitos com antibióticos de amplo espectro, como Roflin, que tem base de Florfenicol. No caso de verminose pulmonar deve-se usar um anti-helmíntico específico. 
Fonte: www.scielo.com.br


ONFALOFLEBITE

É uma doença causada por bactérias como E. coli, Proteus spp, Staphylococcus spp. Caracteriza-se pelo aumento no volume do umbigo. A evolução da doença pode causar hepatite.
Por metástase pode causar pneumonia, e por continuidade, miíase.
A profilaxia é feita através de assistência ao parto, sempre observando os cuidados com o umbigo do bezerro recém nascido.
O tratamento é feito através da limpeza do local com soluções anti-sépticas e aplicação parenteral de antibióticos. 
Fonte: www.endecentauros.com.br

TRISTEZA BOVINA

  • Babesiose, causada por protozoário, onde o principal transmissor é o carrapato Boophilus microplus.
  • Anaplasmose, transmitida através da saliva do mesmo carrapato, quando se fixa no bovino para se alimentar.
A profilaxia é feita através de manejo adequado, onde os animais tenham acessos a piquetes carrapateados desde jovens. Realizar a roçagem do pasto infestado, a fim de expor os carrapatos ao sol e realizar o controle sanitário. Pulverizações quando a população está muito elevada também é uma medida de controle.
O tratamento é feito com um hemoparasiticida, de forma preventiva e curativa da babesiose, anaplasmose e das infecções mistas. Carência de 28 dias para carne e não indicado para fêmeas em lactação. 
Fonte: www.beefpoint.com.br

Fonte: www.sosgadodeleite.com.br


Principais Doenças em Bezerros Lactantes

Pneumonia
Enfermidade: A Pneumonia é caracterizada pela inflamação dos bronquíolos, manifestando-se por um aumento na frequência respiratória, tosse e sons respiratórios anormais na auscultação (AGROLINE, 2015).
Causa: As pneumonias podem ser divididas em infecciosas primárias e pneumonias por metástases. As pneumonias primárias podem ser causadas por vírus ou bactérias dos gêneros Pastetirelia e Klebisielia. Já as pneumonias por metástases ocorrem quando os bezerros apresentam uma ou mais lesões primárias em determinado local do organismo, como diarreia, onfaloflebite e outros (AGROLINE, 2015).
Prevenção: Fornecer uma alimentação adequada, higiene, evitar estabulação comum com grande número de animais, evitar instalações mal ventiladas e úmidas. Sendo que os animais doentes devem ser isolados dos demais para evitar transmissão (AGROLINE, 2015).
Tratamento: Normalmente o produtor utiliza o que há disponível na propriedade, porém não é recomendável utilizar produtos à base de Tetraciclina e Dexametasona, pois causam inibição do desenvolvimento das células metafásicas, prejudicando o crescimento do animal.

Colibacilose
Enfermidade: Podendo ocorrer na primeira semana de vida, a doença provoca complicada inflamação dos tecidos intestinais, juntamente com diarreia, e na forma mais grave, toxinas e bactérias atacam a corrente circulatória, aumentando a taxa de mortalidade.
Causa: Bactéria Escherichia coli 
Prevenção: Isolamento de doentes, para evitar a contaminação de bezerros sadios; ingestão de colostro para que o sistema imunológico seja ativado antes que as bactérias cheguem no intestino; vacinação das vacas. 
Tratamento: Melhoria nas condições sanitárias do rebanho; vacinação; tratamento com soro feito com glucose de milho. 

Salmonelose 
Enfermidade: Em geral, essa diarreia está associada à pneumonia, seja pela quebra da resistência orgânica ou pela disseminação da bactéria pelo organismo do animal, atingindo os pulmões. É uma enfermidade caracterizada por febre, desidratação e fraqueza, infecção generalizada em bezerros recém-nascidos, depressão profunda, diarreia aquosa com tonalidade marrom e presença de fragmentos de mucosa, fibrina, estrias de sangue; produção de enterotoxina que causa o aumento das secreções de sódio, cloro e água para o espaço interno do intestino. O desenvolvimento das lesões entéricas compreende duas fases, a colonização e invasão das bactérias no intestino e a excreção de líquidos e eletrólitos. Dentro do rebanho, os principais agentes transmissores da doença são os próprios bovinos. O portador da salmonelose pode ser caracterizado pela ausência ou não de evidências clínicas. De modo geral, podem ser classificados como: ativo - caracterizado por animais clinicamente doentes; passivo - são animais que se curam, mas continuam transmitindo a doença pelas fezes por até 10 semanas; e latente - que apresentam a bactéria no organismo, porém sem sintomas e sem contaminar o ambiente. As principais formas de disseminação da salmonelose são por via oral e fecal (OLIVEIRA; 2006).
Causa: Segundo Barros (2001) a salmonelose é um tipo de diarreia causada pela bactéria Salmonella, também conhecida como “paratifo dos Bezerros“; é mais frequente em animais abaixo de doze semanas de idade (CHARLES,1992).
Prevenção: manejo adequado dos animais, evitando a superlotação em confinamentos, estresse e contaminações, deixar os bezerros doentes em quarentena isolado do rebanho (CHARLES,1992).
Tratamento: fornecer colostro aos bezerros até 8 horas após o parto, para a transmissão dos anticorpos da mãe ao filhote (CHARLES,1992).

Onfaloflebite 
Enfermidade: É a inflamação do cordão umbilical. O principal sintoma caracteriza-se por um aumento de volume no umbigo. Pode provocar hepatite, devido à ligação que existe entre o sistema e o umbigo do recém-nascido. Por metástase pode causar pneumonia e favorecer o aparecimento de miíase - bicheira (AGROLINE, 2015).
Causas: Contaminação com o ambiente quando o bezerro nasce.
Prevenção: Assistência ao parto, como por exemplo, não deixar que ocorra em local sujo e inapropriado, primando sempre pela assepsia e higienização do local, para que o umbigo não se contamine (AGROLINE, 2015).
Tratamento: Deve ser realizado limpeza do local infectado com solução antisséptica, com produtos como Terracam e Aerocid. Deve ser aplicado também antibiótico, como o Terracam Plus Injetável (AGROLINE, 2015). 

Tristeza Bovina
Enfermidade: A tristeza bovina engloba duas enfermidades causadas por agentes diferentes, porém com sinais clínicos e epidemiologia semelhantes: babesiose e anaplasmose(AGROLINE, 2015).
Esses parasitas vivem e se reproduzem dentro das células vermelhas do sangue (hemácias) e destroem as mesmas a cada ciclo de multiplicação, causando anemia intensa nos animais afetados (SALVADOR, 2013).Os sinais clínicos na anaplasmose e na babesiose por Babesia bigemina são apatia, anorexia, emagrecimento, pelos arrepiados, coração acelerado, respiração acelerada (batedeira), ausência de ruminação, quebra de leite (se for vaca), anemia (mucosa branca do olho, da boca, da vulva, mais frequente na babesiose), icterícia (amarelado, mais frequente na anaplasmose). A infecção por Babesia bovis pode causar também um quadro conhecido como babesiose cerebral ou nervosa, devido ao entupimento dos capilares cerebrais (SALVADOR, 2013).
Causa: A babesiose bovina é causada pelos protozoários Babesia bovis e Babesia bigemina e a anaplasmose pela rickéttsia Anaplasma marginale.  Os agentes da TPB são transmitidos principalmente pelo carrapato do bovino (Ripicephalus microplus). O Anaplasma marginale pode, ainda, ser transmitido mecanicamente por insetos hematófagos, como mutucas, moscas e mosquitos, ou por instrumentos (faca, agulha) durante a castração ou vacinação (SALVADOR, 2013).
Prevenção: A quimioprofilaxia é uma forma de prevenir a doença, sendo uma prática na qual se utiliza um medicamento habitualmente empregado para o tratamento da tristeza parasitária. O medicamento que for eleito deve ter sua atividade conhecida e específica contra o agente que se deseja controlar (Anaplasma, Babesia ou ambos). O objetivo desta prática é evitar o surgimento de níveis elevados de parasitemia, mantendo o agente em níveis subclínicos (SALVADOR, 2013). Outra forma de prevenção é a não exposição do animal à áreas infestadas pelo carrapato.

Tratamento: É realizado com drogas de efeito babesicida (derivados de diamidina), anaplasmicida (tetraciclinas), ou de ação dupla (associação de diamidina com tetraciclina ou imidocarb) (SALVADOR, 2013).Segundo Farias (1995) citado por Salvador (2013) o sucesso do tratamento dependerá da realização de um diagnóstico precoce, eliminar o agente, dar condições ao fígado de reação e manter o animal sob condições favoráveis, com mínimo de movimentação, sombra, água e alimentos de boa qualidade à disposição. Segundo Agroline (2015) a utilização do Izoot B12, um hemoparasiticida, pode-se fazer um tratamento preventivo e curativo da babesiose, anaplasmose e das infecções mistas.


Referências

BARROS, C. S. L.. Salmonelose. In: Franklin Riet-Correa; Ana Lucia Schild; Maria del Carmen Méndez; Ricardo Antonio Amaral de Lemos. (Org.). Doenças de ruminantes e eqüinos. 2ed.São Paulo: Varela, 2001, v. 1, p. 335-345.
CHARLES, T. P. (Org.) ; FURLONG, J. (Org.) . Diarreia dos bezerros (Publicação não seriada).. 1. ed. JUIZ DE FORA: EMBRAPA GADO DE LEITE, 1992. v. 1. 107p .
CONHEÇA as principais doenças dos bezerros e quais precauções tomar. 2015. Disponível em: <http://blog.agroline.com.br/conheca-principais-doencas-dos-bezerros-agroline/>. Acesso em: 03 abr. 2017.
EQUIPE BEEFPOINT. Diarréias bacterianas e virais em bezerros. 2008. Disponível em: <http://www.beefpoint.com.br/radares-tecnicos/sanidade/diarreias-bacterianas-e-virais-em-bezerros-43779/>. Acesso em: 03 abr. 2017.
OLIVEIRA FILHO, J. P. de. Diarréia em bezerros da raça Nelore criados extensivamente: estudo clínico e etiológico. 2006. 109 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, 2006. Disponível em: < http://repositorio.unesp.br/handle/11449/89262 >.

SALVADOR, Sandro César. Tristeza Parasitária Bovina (TPB). 2013. Disponível em: <http://www.vallee.com.br/novidades/tristeza-parasitaria-bovina-tpb>. Acesso em: 03 abr. 2017.



Grupo Inovanutri 

Nauany Silva Leão
Rhayane de Andrade Pereira
Larissa Silva de Oliveira
Alexandre Moreira Cruvinel
Pedro Freiria
Danilo Leal Soares

DOENÇAS EM BEZERROS LACTANTES

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
     TRIÂNGULO MINEIRO (IFTM) Campus Uberlândia
       Rodovia Municipal Joaquim Ferreira, Fazenda Sobradinho. s/n. Zona Rural
         Cx. Postal 1020 – CEP 38400-970, Uberlândia – MG
         Telefone: (34) 3233-8800 / Fax: (34) 3233-8833



ENGENHARIA AGRONÔMICA
PRODUÇÃO DE RUMINANTES



Jackeliny Batista Amorim
Jéssica Emily Batista da Silva
Leandro José Carvalho
Lucas Rodrigues Martins
Mateus Henrique dos Santos Diniz
Roberta Taliene Borges Brandão



5 PRINCIPAIS DOENÇAS EM BEZERROS LACTANTES



Bezerros lactantes

Bovinos de corte - 6 a 8 meses.

Bovinos de leite - 4,5 a 7 meses. O desmame pode ocorrer a partir do momento em que o bezerro ingere de 700g a 1kg de ração/dia, com peso médio de 90kg estão aptos a desmama.

  • Diarréia
Causa: Diarréia são fezes com consistência líquida, que ocorre com grande frequência. A diarréia pode ter origem viral, bacteriana e parasitária. A colibacilose é causada pela bactéria E. coli enterotoxigênica, e a salmonelose, causada também por bactéria, conhecida como Salmonella spp. A diarréia também pode estar ligada à dieta nutricional do animal, intoxicações e até mesmo o ambiente em que vive.
Devido a diarréia, o animal perde grande quantidade de líquidos e eletrólitos corporais, causando desidratação, evoluindo para um choque hipovolêmico, levando o animal até a morte por falência respiratória.

Prevenção: A prevenção ocorre através da vacinação da mãe no fim da gestação; com fornecimento correto do colostro e higiene adequada. Porém, a vacinação na mãe (vaca) só é preventiva para o bezerro se aplicada no momento correto, assim a mãe cria anticorpos necessários para a defesa da doença, e os anticorpos são passados para o bezerro através do colostro.

Resultado de imagem
Imagem 1: Nível de anticorpos no sangue. Fonte: https://sites.google.com/site/biologiaaulaseprovas/hereditariedade-e-diversidade-da-vida/antigenos-e-anticorpos.

Tratamento: Um método muito utilizado para o tratamento da diarréia em bezerros é o soro caseiro, tendo em vista que o açúcar não pode ser usado, é substituído por amido de milho. 
Não muito recomendado, porém há o tratamento que é realizado com antibióticos a base de sulfas. Utiliza-se também uma associação de anti-inflamatório com piroxican e uma sulfa de longa ação, o que permite a cura rápida, evitando que seja realizada muitas aplicações no animal.

  • Onfalopatia
    Causa: As causas estão relacionadas aos fatores ambientais, higiênicos, traumáticos, bacterianos e congênitos, que isolados ou em associação podem provocar inflamações e/ou infecções na região do umbigo. As infecções podem resultar em septicemia, que ocorre devido a presença de bactérias que sobem a partir dos vasos umbilicais ou do úraco causando septicemia aguda ou crônica com patologia articular, meningites e abscessos hepáticos.

    Prevenção: Após o nascimento do bezerro, é realizado a imersão completa da estrutura do umbigo em solução de iodo 5-7%, duas vezes ao dia até que esteja completamente cicatrizado.



  • Tratamento: Para o tratamento da região umbelicial, realiza-se a limpeza do local com solução anti-séptica e aplicação parenteral de antibiótico.


    • Pneumonia
    Causa: É uma doença causada por vírus ou bactéria dos gêneros Pastetirelia e Klebisielia, essa doença se manifesta por aumentar a frequência respiratória do animal e inflamação dos bronquíolos no pulmão.
    Pneumonia primária ocorre quando o bezerro tem alguma lesão em determinado local do organismo, com esse processo o animal fica enfraquecido favorecendo a invasão de microrganismos na corrente sanguínea das quais se fixam no pulmão causando a pneumonia. Para identificação de uma contaminação microbiana verifica-se a presença de pus.

    Prevenção: É necessário fornecer uma alimentação adequada, higiene regular, evitar estabulação comum com um grande número de animais e evitar instalações mal ventiladas e úmidas. Lembrando sempre que os animais doentes devem ser isolados dos demais.

    Tratamento: O tratamento é feito através de antibióticos a base de Florfenicol de amplo espectro como o Roflin. No campo de verminose pulmonar, deve-se utilizar um anti-helmíntico específico. Dosagem Roflin: duas doses a cada 48hrs durante 5 dias seguidos. Carência: 5 dias no leite.

    • Tristeza bovina
    Causa: Causada por dois agentes transmissores. Na Babesiose causada por protozoário, tendo o carrapato Boopholus microplus como agente transmissor, transmitido através da saliva; e Anaplasmose, pelo carrapato Boophilus microphilus.
      Prevenção: O controle é feito através do manejo adequado, onde os animais tenham acesso a piquetes carrapateados desde jovens, uma vez que a erradicação do carrapato em nosso meio é viável. A erradicação é realizada quando há excesso de carrapato (vetor) na pastagem: queima da área ou roçagem, que expõe o carrapato, levando-o a morte. A adoção de cuidados básicos poderá contribuir para redução da morbidade, da mortalidade e do uso de medicamentos. 
        Tratamento: Uso de Izoot B12, que é um hemoparasiticida, pode-se fazer tratamento preventivo e curativo.


          •  Verminioses
          Causa: Se dá pela ingestão não suficiente ou inadequada do colostro (primeiro leite materno bovino), pois nele inclui anticorpos para os animais recém nascidos, resistir às primeiras verminoses.

        • Prevenção: Manter os animais em locais secos, bem ventilados e secos, assim evitando o contato com número exagerado de larvas infectantes de vermes gastrintestinais. O uso de vermífugos é indicado somente no caso de animais que já são levados ao campo.

          Tratamento: Caso o diagnóstico do exame coproparasitológico seja positivo, deverá ser realizado o tratamento com vermífugos.


        • Referências

        • ANDREWS, A. H. et al. Medicina bovina: doenças e criação de bovinos. Editora Roca, 2008.

        • COELHO, Sandra Gesteira. Desafios na criação e saúde de bezerros. Ciência Animal Brasileira, p. 1-16, 2009.

        • BOTTEON, Rita de Cássia Campbell Machado et al. Enfermidades prevalentes, causas de mortalidade e gastos com tratamento de bezerros leiteiros na região do Médio Paraíba, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Revista Brasileira de Ciência Veterinária, v. 10, n. 1, 2003.

          • Produção de Fotos



            O que eu fiz de errado dessa vez? 

            Bandejão nosso de cada dia.

            Dispensa tá cheia 

            Da uma balanceada na dieta.

            Visão do paraíso.

            Manter esse corpinho dá um trabalho menino.